05 agosto, 2015

Filme: Cidades de Papel (2015)


Título Original: Paper Towns
Produção: Wyck Godfrey e Marty Bowen
Diretor: Jake Schreier
Roteiro: Scott Neustadter e Michael H. Weber
Baseado em: Cidades de Papel - John Green

A história é contada sob a perspetciva de Quentin Jacobsen (Nat Wolff) adolescente em suas últimas semanas no ensino médio, que em uma certa noite é surpreendido por sua misteriosa vizinha Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne) o convidando a ter a melhor noite de sua vida enquanto ela coloca em ação a vingança contra seu ex-namorado e todos aqueles que a traíram. E, de fato, aquela acaba se tornando a melhor noite da vida de Quentin, mas na manhã seguinte descobre que Margo desaparecera. Mas a garota deixou pistas para ele, e só resta a ele encontrá-la e tentar pela última vez dizer que a ama.




Fui ver esse filme um dia após a estréia (só porque me fizeram ir!) com péssimas expectativas. Devo dizer que minhas expectativas não foram atendidas e Cidades de Papel foi uma surpresa muito bem-vinda para mim.

John Green não é exatamente uma das minhas preferências literárias, mas admito que é um preconceito literário meu (que venho tentando mudar!) por causa de A Culpa é das Estrelas. O romance de Gus e Hazel não me convenceu e tão pouco me empolgou ou me emocionou, como a tantos fãs. No entanto, com Cidades de Papel foi bem diferente. E falo pelo filme, porque ainda não tive tempo nem disposição para ler mais um livro de John Green, mas prometo ler e, se for o caso, pretendo mergulhar nos romances dele.


Cidades de Papel não possui um romance espetacular, muito menos me fez torcer pelos protagonistas. Não são personagens incríveis. Margo é linda e maluca, mas me pareceu artificial desde o primeiro momento. Talvez porque seja exatamente como ela mesma falou, uma garota de papel. Quentin por sua vez é o garoto fofo, inseguro e certinho do filme; a sua única característica marcante é sua capacidade ser influenciável e de ser o cara apaixonado por Margo que fará tudo para reencontrá-la e dizer que a ama. Mas se dependesse de Margo e Quentin para tornar esse filme interessante, pelo menos comigo não funcionaria.

O casal principal da trama ficou em último plano. Quem realmente conseguiu arrancar boas risadas minhas e me deixar ligada no filme do início ao fim foi Ben (interpretado por Austin Adams), o principal alívio cômico... E por vários momentos esqueci que Quentin é quem deveria ser o eixo da história. Ben é um dos melhores amigos de Quentin e é o típico tarado/retardado que tem em todo trio de garotos do High School Hollywoodiano. A cara do ator Austin Abrams por si só já nos deixa a espera da próxima piada. Para mim, Ben foi o melhor personagem do filme. Tornou o filme uma comédia deliciosa juntamente com Radar (interpretado por Justice Smith), o nerd/cdf/metrossexual do trio de rapazes que com duas tentativas de ser um cara sério e maduro acaba por nos surpreender e fornecer um ótimo combustível de risadas.


E, para nerds como eu, um dos pontos altos do filme foi a referência gigantesca ao anime Pokémon. Fiquei decepcionada no cinema quando a galera só percebeu que aquilo era o tema de abertura do anime quando os personagens literalmente cantaram Pokémon. Nas primeiras três palavras a música se desenrolou toda na minha cabeça e tive que me segurar para não cantar (mas não consegui e acabei cantando um trechinho). Mas não foi só a referência, mas como aquele momento afetou os personagens, Quentin, Radar e Ben.

Foi bonito ver os três se divertindo tão livremente e tão intensamente com algo tão simples. As amizades deveriam ser assim, simples e intensas. Não sei se deixar essa mensagem era a intensão ou se não passava de um momento propositalmente engraçado, mas gostei de como aquela cena tocou em mim.

Cidades de Papel não é um filme para fazer as pessoas derramarem lágrimas, nem para deixar ninguém sair da frente da tela com uma crise existencial. Esse é um filme para você se divertir. E como parece ser típico de Green, trás sim uma mensagem. Na verdade duas. Não espere a sua felicidade daqui 10, 20, 30 anos; faça a sua felicidade agora. E a vida é feita de papel, falsa. Nada é o que parece ser, pelo menos não de longe. Mas de perto os defeitos começam a aparecer, o que era glorioso se torna comum, o que era terrível se torna algo sem importância. O extraordinário é conseguir ver as pessoas além do "papel" e perceber que tudo o que você precisa para você ser feliz é tudo o que você já tem.




1 comentários:

  1. Oi Nessie!

    Fui ver esse filme ontem, acredita?
    Eu curti tanto quanto você e também esperava que fosse horrível, mas dei muitas risadas.
    Infelizmente só reconheci a música pokémon quando chegaram no refrão pq eu nunca gostei desse desenho, preferia ver Digimon kkkkkkkkkkk
    Concordo com você, Ben sem dúvida foi o grande destaque do filme.
    Agora a Margo não curti e no fim das contas a história em si não curti tanto assim, então não leria o livro. Por outro lado, com certeza me diverti e muito vendo o filme.
    Ótima resenha!

    Bjoss
    http://kelenvasconcelos.blogspot.com.br/

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